quinta-feira, 30 de setembro de 2021

Escolha

Será que é o momento que me escolhe,
ou sou eu escolho o momento?




quarta-feira, 29 de setembro de 2021

Calma outonal



Os dias arrefecem; o Outono respira-se.


terça-feira, 28 de setembro de 2021

Dois lados

Há momentos que surpreendem não só pela fusão com o espaço,
como também pelo equilíbrio que transmitem.
E fica-se ali, entre as linhas de dois mundos,
fazendo parte de algo que não nos pertence,
mas cuja partilha nos é concedida numa dádiva de intimidade.




segunda-feira, 27 de setembro de 2021

domingo, 26 de setembro de 2021

Rio de Outono

Surpreende-me o Outono na corrente vagarosa.
O belo estremece-me.



sábado, 25 de setembro de 2021

Sonho-objecto

Um interior feito com fios d'alma...


sexta-feira, 24 de setembro de 2021

quinta-feira, 23 de setembro de 2021

Pingo

E se cada pingo de chuva contasse o seu percurso?



quarta-feira, 22 de setembro de 2021

Hora marcada

Galgou as escadas e sentou-se.
Dali abarca a ampla paisagem e do passado recorda o lugar...
Tem encontro marcado.
Um regresso.
Durante três meses a cumplicidade dos momentos será única.
Intransmissível.
Olha o relógio e agita-se; está na hora!
E chega em silêncio, na dobra do tempo:

- Boa noite, Outono!




terça-feira, 21 de setembro de 2021

Outonalidades

Chegaram no apelo da Primavera
e nos beirais cantaram a alegria e a luz dos dias.
Transformaram e suavizaram o olhar...
encantaram pela fidelidade à família e aos lugares.
No voo dos dias o tempo passou
e o Outono acena com os tons habituais.
Juntam-se nos fios suspensos,
equilibram-se no impossível,
chilreiam aventuras, preparam a partida...
e em breve, o amanhecer será delas ausente.




segunda-feira, 20 de setembro de 2021

Inesperado

Momentos que muitas vezes determinam a diferença no olhar.




domingo, 19 de setembro de 2021

Linhas-luz

Da luz quase outonal e das linhas que traça ao entardecer.





sábado, 18 de setembro de 2021

Marcas

Presenças marcadas com profundidade.
A crueza do tempo nesta parede,
quase de violência.
Cicatrizes...
Cicatrizes com formas.
Rosto...




sexta-feira, 17 de setembro de 2021

Mundo azul

Da surpresa de um mundo azul.
A partilha.
A aprendizagem.

Obrigada, Carla de Sousa.




quinta-feira, 16 de setembro de 2021

Poros de saudade

Os poros dilatam-se,
o coração abranda,
a saudade quer respirar tempo:
tempo que já não tem.




quarta-feira, 15 de setembro de 2021

Dança com vento

Escuta.
Sente.
Fecha os olhos.
Respira vagarosamente.

É quanto basta...


 

terça-feira, 14 de setembro de 2021

Onda

Onda que se eleva, intensa,
para depois espraiar,
na calidez do areal,
o brilho e magia
onde antes fora temporal.




segunda-feira, 13 de setembro de 2021

Seres

Habitam as serras fustigadas por pensamentos,
criando raízes permanentes na insolência fingida do tempo.

Dos seres especiais...




domingo, 12 de setembro de 2021

Teia ao amanhecer

Emaranhado de cristais de luz.



sábado, 11 de setembro de 2021

Pendente

Folhas que parecem gente.
Ausente.




sexta-feira, 10 de setembro de 2021

Chegada

Pela margem de um rio, a beleza outonal vai chegando...




quinta-feira, 9 de setembro de 2021

Pormenores

A arte de uma sábia parede.

(mesmo com incorrecções)


quarta-feira, 8 de setembro de 2021

Restolho

Na esplanada do parque,
as vozes animadas tomam a atenção de quem passa,
ao mesmo tempo que das copas altas, as folhas moribundas,
antes de serem restolho, soltam-se para o voo final...





terça-feira, 7 de setembro de 2021

Decrépita

Da janela entreaberta, decrépita,
o burburinho da cidade recrudescia...

Da serra longínqua, nem o vento soprava
e os sons da natureza, 
entretanto cansados,
pousavam e esqueciam-se...

Dos dias lentos,
as letras entristecidas cresceram
e as palavras sussurradas para a viela estreita,
 transformaram-se, unidas...



Janela da casa de Eça de Queiroz (Leiria)


segunda-feira, 6 de setembro de 2021

Anoitecendo

Anoitece a vida pelas vielas silenciosas da cidade.




domingo, 5 de setembro de 2021

Cinzas

Às vezes, a mistura de sonhos é enorme e alguns, de tão intensos,
ardem, restando apenas as cinzas.
Dessas cinzas amontoadas, o vento arrasta-as em rodopio inesperado, desaparecendo...

Uma ave feita de sonhos
desenha-se no azul-céu
lembrando que ainda é possível das cinzas renascer.




sábado, 4 de setembro de 2021

Colorindo

Quando o final do dia ganha outra luz...




sexta-feira, 3 de setembro de 2021

quinta-feira, 2 de setembro de 2021

Tecer

Com os fiapos de melancolia que encontra,
vai tecendo os dias de mar
tendo o sal e a nostalgia no olhar.




Exercício

Nada altera a passagem do tempo
e a contemplação solitária da natureza
é um exercício silencioso de memória e melancolia.