E tu tens medo de quê?
terça-feira, 14 de maio de 2024
segunda-feira, 13 de maio de 2024
domingo, 12 de maio de 2024
sábado, 11 de maio de 2024
sexta-feira, 10 de maio de 2024
quinta-feira, 9 de maio de 2024
quarta-feira, 8 de maio de 2024
terça-feira, 7 de maio de 2024
segunda-feira, 6 de maio de 2024
domingo, 5 de maio de 2024
sábado, 4 de maio de 2024
sexta-feira, 3 de maio de 2024
(S)em (des)ordem
Silêncios que guardam estilhaços
de raízes
ressequidas pelo tempo,
como chicotes pontiagudos,
fustigam tempestades inadiáveis.
Viagens ao centro de ser
mergulhando
em crateras de vulcões extintos,
retomam sonhos anónimos,
embaciados,
guardados sem ordem,
agora crepitantes.
Os passos dão-se, cegando as vozes
que são desvio ao rumo,
maviosas
dançam ao vento
distraindo,
tal sereias...
Estugar a decisão sem hesitar,
guardando os cacos noutro lugar.
quinta-feira, 2 de maio de 2024
quarta-feira, 1 de maio de 2024
terça-feira, 30 de abril de 2024
segunda-feira, 29 de abril de 2024
domingo, 28 de abril de 2024
sábado, 27 de abril de 2024
sexta-feira, 26 de abril de 2024
Diário de quem ficou (2023)
Diário de quem ficou é o título da leitura encenada e criada a partir de textos de Paulo Kellerman e poemas de Cátia Ribeiro.
A estreia ao público aconteceu no dia 25 de Abril de 2023, inserida no festival leiriense Ronda Poética, na bela igreja de São Pedro, localizada no largo com o mesmo nome, junto ao Castelo de Leiria.
Tendo a guerra como temática principal do festival, os dois autores partiram dela para dar voz e destaque ao papel preponderante e tão invisível da mulher em tal cenário de ausência masculina (pai, marido, namorado, filho) e nos outros múltiplos papéis que também desempenhou, sempre em silêncio.
A leitura encenada esteve a cargo de Ana Padrão e Cátia Ribeiro, que interpretaram os textos de Diário de quem ficou, sendo acompanhadas por impactantes efeitos sonoros e musicais da responsabilidade de Pedro Cruz.
A forma como o espectáculo foi apresentado, demonstrou claramente a capacidade criativa e a longa experiência de Cátia Ribeiro que, além de actriz, foi ainda a encenadora. Um trabalho cuidado e original, baseado em factos e testemunhos recolhidos, não apenas junto de pessoas, mas também em registos e arquivos existentes afectos à Guerra Colonial, que faz parte da História de Portugal.
Os pormenores de decoração, a iluminação bem colocada, os momentos intimistas, os pequenos espaços onde as leituras foram realizadas, só por si, eram já pequenos mundos latentes e envolventes de emoção com as palavras que estavam a ser pronunciadas.
As actrizes estiveram sublimes nas mulheres, mães, filhas, poetas, lutadoras e desafiadoras que representaram; as vozes encheram as paredes da igreja, fizeram arrepiar o público, desamordaçaram pensamentos não só de antes, mas igualmente de agora.
Toda a recriação a que se assistiu, partiu de realidades, de existências, de vidas às quais foi suprimida a voz feminina e onde a dor, a solidão, o desespero, o desalento, a ausência, a tristeza, à rendição, as lágrimas, a convivência com a morte, deu lugar ao reerguer do amor, à salvação pela poesia, ao encontro de outras formas de expressão…
O Paulo Kellerman e a Cátia Ribeiro escreveram textos e poemas incríveis, são ricos e expressivamente fortes e é peremptória a necessidade de continuar a serem ouvidos, lidos, sentidos.
Aguardo com muita esperança e expectativa, a possibilidade de estar presente em espaço especial e assistir novamente a Diário de quem ficou. No período em que celebramos cinquenta anos de Liberdade, faz todo o sentido.
A fotografia que partilho é aquela que para mim representa o momento, o espaço e a força feminina.
quinta-feira, 25 de abril de 2024
Mudança
Bastou um movimento, uma inclinação, um olhar e a mudança aconteceu.
Como um chá pode ser tão diferente em dia tão especial...
quarta-feira, 24 de abril de 2024
terça-feira, 23 de abril de 2024
Silêncio
Cascata de palavras,
despidas sem pudor
escrevo-as nas linhas vagas
debruadas sem esplendor.
Noites sem quietude
são horas de ponteiros mortos
e a mão,
em transe visceral,
escuta:
O silêncio sopra contos
sem acrescentar pontos.
segunda-feira, 22 de abril de 2024
domingo, 21 de abril de 2024
sábado, 20 de abril de 2024
sexta-feira, 19 de abril de 2024
quinta-feira, 18 de abril de 2024
quarta-feira, 17 de abril de 2024
Escapar
Cresceu no abandono.
As paredes, outrora caiadas,
deixaram mapas e linhas de vidas.
Nos ocasos de todas as estações
pululavam vozes sempre animadas...
A música irrompia das colunas.
O passado instalou-se num país distante
e o tempo das memórias,
inquieto,
escapuliu-se pelo telhado...
terça-feira, 16 de abril de 2024
segunda-feira, 15 de abril de 2024
Ciclos
Encerrar e avançar.
Sorrir e respirar...
O passado que abalou,
fica agora pousado
entre paredes sufocantes.
Talvez nasçam palavras...
domingo, 14 de abril de 2024
Fios...
Quantos mundos, medos e fragilidades consigo segurar?
Trago em mim uma multiplicidade de pensamentos e emoções...
sábado, 13 de abril de 2024
Criação
Ideias em ebulição,
imagens em espiral...
Pare-se o tempo real,
crie-se o tempo de fuga
como refúgio e meu lugar.
sexta-feira, 12 de abril de 2024
Quatro
Há quatro anos iniciei este blogue sem saber muito bem para onde me levaria, ou por quanto tempo.
Sem qualquer outro propósito que não fosse deixar aqui o que ia escrevendo, este lugar tornou-se um espaço de escrita e fotografia do dia-a-dia: ideias, emoções, momentos.
Em Abril do ano passado decidi fazer uma pausa; ponderei imenso quanto à continuidade. Regressar foi a decisão. Sê-la-á enquanto entender que faz sentido.
Na primeira publicação escrevi:
Haverá...?
Qual a razão para escrever?
Libertação?
Invenção?
Recriação?
Ou simplesmente porque sim?
A fotografia que escolhi para hoje é indefinida e desfocada. Porquê? Porque sim e por gostar da linha de bokeh.
quinta-feira, 11 de abril de 2024
quarta-feira, 10 de abril de 2024
terça-feira, 9 de abril de 2024
segunda-feira, 8 de abril de 2024
20
Uma de vinte...
Exposição individual "Arrepios de luz"
Patente de 6 a 30 de Abril
iNstantes - Casa da Cultura de Avintes
domingo, 7 de abril de 2024
sábado, 6 de abril de 2024
sexta-feira, 5 de abril de 2024
quinta-feira, 4 de abril de 2024
Azul
Alonga azul.
Palavras que mirram
até serem cinzas vazias
atiradas ao vento.
O verbo,
inconsciente do tempo,
volta à origem:
nada.
De todas as vezes erguidas,
abalo interior,
fendem cicatrizes esquecidas
ficando à mercê da saudade.
Alonga azul...