terça-feira, 14 de maio de 2024

E tu...?

E tu tens medo de quê?





segunda-feira, 13 de maio de 2024

Rotação

Os dias passam,
sempre iguais,
apenas as sombras mudam...





domingo, 12 de maio de 2024

Turvação

Por vezes os sentidos confundem-se
e a nitidez sobre as coisas fica turva...





sábado, 11 de maio de 2024

Imensos

Imensos são os rios que lhe correm dentro; e invisíveis.





sexta-feira, 10 de maio de 2024

Chão

Chão: fragmentos de sombras.





quinta-feira, 9 de maio de 2024

Espera

Não há tempo infrutífero na espera.





quarta-feira, 8 de maio de 2024

Debruar

Debruado de sol matinal.





terça-feira, 7 de maio de 2024

Desejos

A
luz
é
fonte
perfeita
do
desejo,
curvilínea
e
ondulante.





segunda-feira, 6 de maio de 2024

Objecto

Encontro com a desfragmentada vida dos objectos e uma mais colorida junto ao charco.





domingo, 5 de maio de 2024

Camadas

Ao vento despe as camadas dos dias.





sábado, 4 de maio de 2024

Azul

Pensamentos em voragem azul.






sexta-feira, 3 de maio de 2024

(S)em (des)ordem

Silêncios que guardam estilhaços
de raízes
ressequidas pelo tempo,
como chicotes pontiagudos,
fustigam tempestades inadiáveis.
Viagens ao centro de ser
mergulhando
em crateras de vulcões extintos,
retomam sonhos anónimos,
embaciados,
guardados sem ordem,
agora crepitantes.
Os passos dão-se, cegando as vozes
que são desvio ao rumo,
maviosas
dançam ao vento
distraindo,
tal sereias...
Estugar a decisão sem hesitar,
guardando os cacos noutro lugar.





quinta-feira, 2 de maio de 2024

Vénia

Deslumbramento.
Vénia à beleza.





quarta-feira, 1 de maio de 2024

Desafio

Escuto e desafio-me a traduzir os sussurros à minha volta...





terça-feira, 30 de abril de 2024

Luzes

A ribalta é aceno,
ilusão.
Silêncio é conforto,
desassossego,
inspiração.
Aos dias de mim...





segunda-feira, 29 de abril de 2024

Noite

As cores da noite...





domingo, 28 de abril de 2024

Rio

Rio de sombras
Na hora inclinada
Pedras que cantam
Vida que passa
Corrente
Sempre que passa.





sábado, 27 de abril de 2024

Conversas



Conversas triviais e partilhas.
Equilíbrios de momentos...
Noite invernosa
calendário primaveril.





sexta-feira, 26 de abril de 2024

Diário de quem ficou (2023)




Diário de quem ficou é o título da leitura encenada e criada a partir de textos de Paulo Kellerman e poemas de Cátia Ribeiro.

A estreia ao público aconteceu no dia 25 de Abril de 2023, inserida no festival leiriense Ronda Poética, na bela igreja de São Pedro, localizada no largo com o mesmo nome, junto ao Castelo de Leiria.

Tendo a guerra como temática principal do festival, os dois autores partiram dela para dar voz e destaque ao papel preponderante e tão invisível da mulher em tal cenário de ausência masculina (pai, marido, namorado, filho) e nos outros múltiplos papéis que também desempenhou, sempre em silêncio.
A leitura encenada esteve a cargo de Ana Padrão e Cátia Ribeiro, que interpretaram os textos de Diário de quem ficou, sendo acompanhadas por impactantes efeitos sonoros e musicais da responsabilidade de Pedro Cruz.

A forma como o espectáculo foi apresentado, demonstrou claramente a capacidade criativa e a longa experiência de Cátia Ribeiro que, além de actriz, foi ainda a encenadora. Um trabalho cuidado e original, baseado em factos e testemunhos recolhidos, não apenas junto de pessoas, mas também em registos e arquivos existentes afectos à Guerra Colonial, que faz parte da História de Portugal.

Os pormenores de decoração, a iluminação bem colocada, os momentos intimistas, os pequenos espaços onde as leituras foram realizadas, só por si, eram já pequenos mundos latentes e envolventes de emoção com as palavras que estavam a ser pronunciadas.
As actrizes estiveram sublimes nas mulheres, mães, filhas, poetas, lutadoras e desafiadoras que representaram; as vozes encheram as paredes da igreja, fizeram arrepiar o público, desamordaçaram pensamentos não só de antes, mas igualmente de agora.
Toda a recriação a que se assistiu, partiu de realidades, de existências, de vidas às quais foi suprimida a voz feminina e onde a dor, a solidão, o desespero, o desalento, a ausência, a tristeza, à rendição, as lágrimas, a convivência com a morte, deu lugar ao reerguer do amor, à salvação pela poesia, ao encontro de outras formas de expressão…

O Paulo Kellerman e a Cátia Ribeiro escreveram textos e poemas incríveis, são ricos e expressivamente fortes e é peremptória a necessidade de continuar a serem ouvidos, lidos, sentidos.

Aguardo com muita esperança e expectativa, a possibilidade de estar presente em espaço especial e assistir novamente a Diário de quem ficou. No período em que celebramos cinquenta anos de Liberdade, faz todo o sentido.

A fotografia que partilho é aquela que para mim representa o momento, o espaço e a força feminina.






quinta-feira, 25 de abril de 2024

Mudança

Bastou um movimento, uma inclinação, um olhar e a mudança aconteceu.

Como um chá pode ser tão diferente em dia tão especial...





quarta-feira, 24 de abril de 2024

Azul

A véspera do dia em que o azul regressou:
simples cor, liberdade, céu, mar, cor...





terça-feira, 23 de abril de 2024

Silêncio

Cascata de palavras,
despidas sem pudor
escrevo-as nas linhas vagas
debruadas sem esplendor.
Noites sem quietude
são horas de ponteiros mortos
e a mão,
em transe visceral,
escuta:
O silêncio sopra contos
sem acrescentar pontos.





segunda-feira, 22 de abril de 2024

Melodias

De um lugar onde belas melodias e boa companhia
são o culminar do dia...




domingo, 21 de abril de 2024

sábado, 20 de abril de 2024

Dias passados

Conversas de dias bons...





sexta-feira, 19 de abril de 2024

Do olhar

Encontrar pedaços de imaginação na calçada...





quinta-feira, 18 de abril de 2024

Contornos

Das manhãs que são luz no meu olhar.





quarta-feira, 17 de abril de 2024

Escapar

Cresceu no abandono.
As paredes, outrora caiadas,
deixaram mapas e linhas de vidas.
Nos ocasos de todas as estações 
pululavam vozes sempre animadas...
A música irrompia das colunas.
O passado instalou-se num país distante
e o tempo das memórias,
inquieto,
escapuliu-se pelo telhado...





terça-feira, 16 de abril de 2024

Soltos

Apanhador de sonhos soltos...





segunda-feira, 15 de abril de 2024

Ciclos

Encerrar e avançar.
Sorrir e respirar...
O passado que abalou,
fica agora pousado
entre paredes sufocantes.
Talvez nasçam palavras...






domingo, 14 de abril de 2024

Fios...

Quantos mundos, medos e fragilidades consigo segurar?
Trago em mim uma multiplicidade de pensamentos e emoções...





sábado, 13 de abril de 2024

Criação

Ideias em ebulição,
imagens em espiral...
Pare-se o tempo real,
crie-se o tempo de fuga
como refúgio e meu lugar.





sexta-feira, 12 de abril de 2024

Quatro

Há quatro anos iniciei este blogue sem saber muito bem para onde me levaria, ou por quanto tempo.

Sem qualquer outro propósito que não fosse deixar aqui o que ia escrevendo, este lugar tornou-se um espaço de escrita e fotografia do dia-a-dia: ideias, emoções, momentos.

Em Abril do ano passado decidi fazer uma pausa; ponderei imenso quanto à continuidade. Regressar foi a decisão. Sê-la-á enquanto entender que faz sentido.


Na primeira publicação escrevi:

Haverá...?
Qual a razão para escrever?
Libertação?
Invenção?
Recriação?
Ou simplesmente porque sim?


A fotografia que escolhi para hoje é indefinida e desfocada. Porquê? Porque sim e por gostar da linha de bokeh.





quinta-feira, 11 de abril de 2024

Aprender

Da natureza da beleza, das pessoas e das tardes bem passadas...





quarta-feira, 10 de abril de 2024

Fenda

A vida acontece nos lugares inóspitos...






terça-feira, 9 de abril de 2024

Inesperado

Inesperado encontro no intervalo para um café e conversas que salvam.





segunda-feira, 8 de abril de 2024

20

Uma de vinte...






Exposição individual "Arrepios de luz"
Patente de 6 a 30 de Abril

iNstantes - Casa da Cultura de Avintes






domingo, 7 de abril de 2024

Vida

Minúsculas vidas precipitam-se para o exterior,
nem a aridez do lugar é obstáculo.





sábado, 6 de abril de 2024

Luz

A beleza e o encanto de uma porta iluminada...





sexta-feira, 5 de abril de 2024

quinta-feira, 4 de abril de 2024

Azul

Alonga azul.
Palavras que mirram
até serem cinzas vazias
atiradas ao vento.
O verbo,
inconsciente do tempo,
volta à origem:
nada.
De todas as vezes erguidas,
abalo interior,
fendem cicatrizes esquecidas
ficando à mercê da saudade.
Alonga azul...





quarta-feira, 3 de abril de 2024

Não basta...

Não basta querer para acontecer.





terça-feira, 2 de abril de 2024

Pim-pam-pum

Caminhos longos,
decisões difíceis.
Pensamentos-pólvora,
chá-de-calma...





segunda-feira, 1 de abril de 2024

Avançar

Incerto e turbulento
como o tempo,
avança o pensamento...





domingo, 31 de março de 2024

Real

Manhã de vozes
estórias sem tempo
no tempo real...




sábado, 30 de março de 2024

Luz

Folheio-te em tempo
ténue luz.
Apenas...
Espaços e recomeços.





sexta-feira, 29 de março de 2024

Antes

Desce a noite,
memórias em raízes,
rasgando a saudade
antes,
muito antes de partir...





quinta-feira, 28 de março de 2024

Recantos

Há lugares onde os recantos são poiso de livros e de luz.

(Livraria Arquivo)