segunda-feira, 10 de maio de 2021

Chuva...

A mistura de sons na chuva que cai,
bátegas fortes
de coração vivo.
Batimento oscilante do tempo inquieto
que em sentido único fica e que diluído,
se esvai em gemido de dor.
E as memórias, deusas
abandonadas
corroídas
desabrigadas pelas trevas
despedaçam os fios que restam.
Correntes descendem
nas intempéries mudas
restos ingratos
desinteressados.
E a chuva cai...
Incerta.




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