segunda-feira, 28 de fevereiro de 2022

domingo, 27 de fevereiro de 2022

Murmúrios

Linhas de murmúrios entre árvores e nuvem:
- Hoje encontramos a certeza de um passado ignorado e esquecido.




segunda-feira, 21 de fevereiro de 2022

Mapa residual

O tempo do absurdo
desenha mapas de decadência
[estrepitosa]
nas camadas visíveis que
[ainda]
suportam o limiar envidraçado.

Fiapos tecidos em horas de intenção,
caem na melodia do tempo,
hipnotizante.

Do ocre caiado, memórias
e vidas áureas
[esquecidas]
abandonadas.

Alva no contraste
a madeira vai fenecendo
[lenta]
dormente,
carcomida
em delírio murmurante do caruncho.

O que resta?
A beleza absurda do tempo...



sábado, 19 de fevereiro de 2022

terça-feira, 15 de fevereiro de 2022

Simples

Há lugares de adultos...
Há jogos simples de criança
onde o pó ruidoso incomoda e
por instantes, adultos a serem crianças
livres, soltas e sorridentes.




segunda-feira, 14 de fevereiro de 2022

Definição - amor

Definição nada tradicional em imagens e adjectivos.


Delicado




Desalinhado




Esbatido




Esfuziante




Esquecido




Luminoso




Prometido




Texturado




sábado, 12 de fevereiro de 2022

Verde

Resvalou o olhar.
Leito de rio, quase despido,
margem seca.
Nos ramos, verde luz
Primavera...




sexta-feira, 11 de fevereiro de 2022

Gatafunhos

Escondida, a luz garatujava danças... divertia-se.
Escondidos, os pensamentos mal-murmurados, enredavam-se.
Abriu-se uma porta;
aquietados e em silêncio, saíram.
Vão ao encontro de linhas...
À espreita, a luz segue na dança.



quinta-feira, 10 de fevereiro de 2022

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2022

terça-feira, 8 de fevereiro de 2022

Assim...

Início.
Exuberância.
Beleza.
Contraste.
No auge, uma a uma despida.
Mantém-se bela.
Diferente.
E mesmo no fim, continua a sê-lo.











quinta-feira, 3 de fevereiro de 2022

(In)esperado

Do que se espera e não se realiza;
das inesperadas possibilidades e das escolhas...
Ou é simplesmente um muro e um ramo de silva.



terça-feira, 1 de fevereiro de 2022

Raízes

A arte tem muitas formas de se mostrar e fazer sentir... é um mundo vasto e profundo.
Ela salva, dizem... provavelmente é verdade!
A arte cura, expande olhares, cria laços, gera emoções, liberta, ensina, mostra que existem alternativas, que a criatividade latente deve ser estimulada, alimentada e nunca formatada...
A percepção do mundo e a própria individualidade são manifestações emotivas e de sensibilidade em cada uma das representações artísticas criadas.
A Sandrine Cordeiro é tudo isto e muito mais: respira arte e tem-na no olhar e na ponta dos dedos.

Fascina-me a temática das raízes (racines); as árvores são-me queridas e isso não é novidade.
Quando dei com o traço da Sandrine a desenhar percursos entre raízes e árvores, segui-os, sonhadora. Desperta desse fascínio, um pedido formulei: retrata-me!
Imagino a expressão imediata: "Oh, f*d@-se! Ela é doida!".
Aceitou. Esperei...

A surpresa chega a uma sexta-feira.
A peculiar embalagem, o cuidado em todos os pormenores, tudo era belo, mas o que estava contido naquele embrulho superava toda e qualquer expectativa. As emoções foram minhas, as palavras ouviu-as a Sandrine.

Partilho o resultado.



A foto integra o livro "O tempo é feito de raízes" de minha autoria e tem um texto associado: "Despe-te de ti, folheia-te.".

Serei suspeita nos elogios, por isso resumo com uma palavra: ARTE!