sexta-feira, 30 de setembro de 2022

Setembro

Outono em Setembro
Foi chuva, frio e vento,
Foi sol, calor e brisa morna.
Envergando os tons que mais me agradam,
as folhas ganham encanto
e tornam-se tesouros que guardo.





quinta-feira, 29 de setembro de 2022

Quanto...?

A distância da distância...

Quanto falta?

Caminhar sem chegar.
Esticar sem tocar.

Quanto falta?





quarta-feira, 28 de setembro de 2022

terça-feira, 27 de setembro de 2022

(Des)cor(ar)

Notas de cor ao abandono.
O vento sopra
arrastando a areia,
levando memórias,
apagando o rasto...





segunda-feira, 26 de setembro de 2022

Entre o mar e o vento

Como esperar por uma estação?
Outono. Verão. Primavera. Inverno.
Qual a paragem? A gare que não chega.
A do tempo?
Será?
Cinjo-me ao calendário?
Aceito-o só porque sim?
Não me parece...

A insubmissão recrudesce.

Círculo gravado em relógio imaginário.
Estragado.
O mar.
Esse mar que me ruge nas vagas que quebram no areal. Canta para mim.
O vento.
Intempérie. Abraço cálido nos cabelos revoltos. Acaricia o pensamento.
A bóia... salvação. Riso.
Metáfora insensata.
As palavras salvam. Sempre...





sábado, 24 de setembro de 2022

Amarelo

Realidade e imaginação povoam-me o pensamento,
como janelas de possibilidades sobrepostas ou solitárias,
esperando a saída...




sexta-feira, 23 de setembro de 2022

Ao vento

A liberdade dos cabelos ao vento...
Parece algo irrisório.

E se não tivesse essa possibilidade?





quinta-feira, 22 de setembro de 2022

Palete

Encerrei-te no lado visivel.
Olhei â volta...
Tantas linhas,
tanta geometria presente.
Imensas expectativas criadas,
partidas e chegadas.
O céu pincela-se de despedidas...
Ao longe,
o silvo do anterior comboio
arrebatando beijos,
esmagando abraços,
rasgando saudades,
no rosto, no corpo,
na alma.
O Outono chegará,
impaciente.
Que trará?

Da parede branca, olha-me:
relógio de ponteiros ausentes...
Fugiram com o tempo.
Silêncio. 
Sim, está na hora,
uma voz chama por mim.

Até breve, Verão...





quarta-feira, 21 de setembro de 2022

Crescer

Há lugares onde crescer é algo único e implica sacrifício,
lugares onde o silêncio é inimitável.





segunda-feira, 19 de setembro de 2022

domingo, 18 de setembro de 2022

Fragilidade

Instante... a beleza da fragilidade.
Flutuante... o tempo no vento.
Natureza... a chave do encantamento.




sábado, 17 de setembro de 2022

Instantes

Empalidecem os dias.
Chega o momento do não querer...
Saboreiam e respiram os instantes,
o tempo é de levar memórias,
a hora é de partir...




sexta-feira, 16 de setembro de 2022

Melancolia

Ouço o Setembro da melancolia pelos campos da Murtosa.
Leio o Setembro melancólico entre páginas de nuvens instáveis e azul-ainda-Verão.
O milho, que já não é o da espiga para assar na brasa, deixa que o vento sacuda a folhagem e assobie à passagem.
As árvores, discretas, despem-se vagarosamente para que ninguém note que adormecem.
Gosto da melancolia de Setembro, das promessas que faz e da luz dourada que derrama sobre as coisas.

Sou quase Outono...





quinta-feira, 15 de setembro de 2022

Dourados

Os sonhos quando se querem únicos,
partilham-se na solidão do mar...
A onda cadenciada chega,
a onda silenciosamente leva-os.





quarta-feira, 14 de setembro de 2022

Tango

O pensamento em ramos camuflado
dançando tango ao vento,
as nuvens demoram-se
fingindo parar-me no tempo...





terça-feira, 13 de setembro de 2022

sábado, 10 de setembro de 2022

quinta-feira, 8 de setembro de 2022

quarta-feira, 7 de setembro de 2022

Reflexos de gato

Geometrias com reflexos da cidade e estórias aos quadradinhos
com um gato preto que nunca dorme.

Diz-se que fala com o vento...




terça-feira, 6 de setembro de 2022

Devagar

Reatar rotinas,
guardar agitados dias de liberdade...
O areal esvazia-se.
O tempo ficará estendido
e respirar será silêncio.





domingo, 4 de setembro de 2022

Chão

Alinhar. Perspectivar.
Entre o parecer e o ser.
A dimensão das coisas.
A luz e a sombras.
Ou a mania constante de olhar para o chão...





sábado, 3 de setembro de 2022

sexta-feira, 2 de setembro de 2022

Convites, dúvidas e resultados

No primeiro olhar ao convite "Anda, concorre! Envia as fotos!", confesso que a resposta foi um simples e rotundo "Não!". Tenho a minha opinião e sou de ideias (quase) fixas quanto a concursos, mas também sei ter a ponderação necessária quanto a parar e analisar possibilidades.

Decidi aceder à insistência e à minha curiosidade.
Enviei três fotografias para a 14.ª edição do concurso MIRA Mobile Prize | Street Photography B&W celebramos as ruas do mundo e pensei: o assunto fica por aqui.
Ficou até à divulgação dos resultados.

Calma! Não, não estou na selecção dos 50 vencedores, porém, posso considerar-me vencedora por ter ficado no leque das 150 fotografias mais bem classificadas. Nesse dia o meu sorriso cresceu quando no visionamento do vídeo disponibilizado pela organização figurava o meu nome e a fotografia selecionada.

Felicito todos os fotógrafos participantes (vencedores e finalistas), a organização e o júri pelo trabalho desenvolvido, e certamente toda a equipa que estará empenhada nos bons e belos resultados da exposição que inaugura a 3 de setembro, pelas 16 horas e que estará patente até 22 de outubro, nas instalações do MIRA FORUM (Porto).

Convido os interessados a visitarem o espaço e aproveitarem a exposição física e digital.
A fotografia elevada à diversidade cultural e interpretativa de espaços e momentos.


Quem lida comigo diariamente sabe o que é ter uma fotógrafa ao lado. Quem lida comigo diariamente sabe o que é ter uma escritora ao lado. É melhor não seguirem a via do inquérito. Pode correr mal (risos).
Eu, que às vezes nem comigo sei lidar, reconheço o dilema que é saber por qual delas nutro maior sentimento, qual delas se sobrepõe à outra. Qual delas me faz vibrar. E não é de agora...

Um caminho que já tem alguns anos e que permanece na vivência dos dias: fotografia e escrita, lado a lado, na aprendizagem constante, com hesitações e erros, no crescimento pessoal e humano, no conhecimento e emoções, sensações e afinidades criadas.

Obrigada a quem me segue, ri e ralha, a quem me acha doida por ver e fotografar "coisas estranhas" antes de verem o resultado, a quem se identifica e envolve com as emoções visíveis e invisíveis; obrigada a quem me lê, escuta e partilha afectos, cumplicidades e amizade.
Um abraço imenso para todos!


Vídeo | 150 | MIRA Mobile Prize | Street Photography B&W 2022




A fotografia seleccionada




quinta-feira, 1 de setembro de 2022