Murmúrios,
dançam
cadenciados...
Noite,
silêncios
desfragmentados...
O passado é uma casa de pó,
paredes esboroadas,
síncope de sal.
Solidão.
Céu azul, arrastado
aves cegas esvoaçam,
estridentes.
Pensamentos clandestinos
enganam o presente,
seduzido.
Labiríntico amanhã:
Chegará.
Chegará em brisa
e mergulho no mar.
Palavras mudas.
Desalinham-se parágrafos
ardem linhas tortas,
vírgulas dissecadas
pontos finais varridos.
Os tapetes entrançados escondem poesia.
A casa de pó desmoronada
montículo de nada.
Vento.
Chegará...
Um dia tudo será poesia.
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