quarta-feira, 15 de abril de 2020

Flutuo no teu manto de luz


Aqui
A noite cedeu o seu lugar 
o dia
calmamente iluminou 
as névoas
cadenciadas em bancos assentaram e por ali confundiram.

Decido recuar.

Os ecos de vozes 
distantes
atravessam a frequência que separa as realidades.

Respiro.

Pequeninos, imaginários da noite
os pirilampos saltitam nos ramos  
brincam. 

Prata de luz nos lodaçais que surgem
Tudo não passa de ilusão...
Ou talvez não.

Da margem vejo-te e flutuo
etérea e translúcida
Flutuo no teu manto de Luz.




(texto de 22.08.2017)