sexta-feira, 30 de outubro de 2020

quinta-feira, 29 de outubro de 2020

quarta-feira, 28 de outubro de 2020

Retrato...

Um olhar escondido por foscos círculos envidraçados...

estará impedido um retrato d'alma?




terça-feira, 27 de outubro de 2020

Da construção...

do que nele cabe

utopias

do que se constrói e se guarda

tesouros

do que se parte e se repara

memórias

do que se esquece

ou não



segunda-feira, 26 de outubro de 2020

Sem limites...

Nos horizontes dos meus dias segue a ilimitada imaginação,
entre os ecos das memórias e os movimentos d'asas soltas...






domingo, 25 de outubro de 2020

De fogo...

O silêncio guardava a leitura
O pensamento vagueava nas linhas
sem destino.

Um reflexo
a surpresa

O céu desfez-se em fogo.



sábado, 24 de outubro de 2020

Das ligações...

Entre o céu e a terra

a liberdade de pensar.

Sonhar.

Outono que se solta

ramagens adormecidas...

No horizonte o olhar

etérea e indescritível ligação.







sexta-feira, 23 de outubro de 2020

domingo, 18 de outubro de 2020

Regresso...

Aos passos dados no pó, rangem as tábuas do soalho carcomido. As vozes que pairam do passado, ladainham espanto. Não sabem quem se aproxima.
Escorrem nas paredes as vidas abandonadas à pressa.
O sopro é morno no corpo que entende a verdadeira paixão.
O regresso.
Lambe a ferida. Arranhada.







sábado, 17 de outubro de 2020

Acontece...

Estendo no lençol branco riscado a dormência das palavras
escondidas emoções, subtraídas à verdade.
Fugi delas, repetidas. Inegáveis. São a pele. A minha.
Caladas, agitam-se nas gavetas. À luz, sorriem na sua forma.
Inocentes, amadas, belas, enraivecidas, confortadas, trágicas, sonhadoras, solitárias... transformam-se na líquida vivência dos dias.
Semblante em espelho reflectido, lido o desconhecido.
Não se procura.
Acontece...



quinta-feira, 15 de outubro de 2020

Sinuosidade do tempo...

 Sinuosa a estrada temporal de segundos alinhavados, de minutos escorridos, vertidos nas passagens impossíveis desse lugar sem retorno.

Os ecos rebatem as memórias que não existem. Desenraízam-se da sabedoria. O esquecimento cai.
As memórias ficam na forma aceite, detalhadas, vazias ou sem significado.
Os muros ficam intransponíveis. As paredes erguidas em estacas.
A ondulação suaviza e a brisa? A brisa fria lembra o Inverno dos dias...






quarta-feira, 14 de outubro de 2020

Do que se escreve...


(...)
Nenhuma palavra
alcança o mundo, eu sei
Ainda assim,
escrevo.

Mia Couto

In "Raiz de Orvalho e Outros Poemas"




Decorreram imensos dias desde a última publicação, mas a escrita nunca calou, nem a fotografia cessou. A relevância das pessoas, das coisas e de um percurso está na essência que pauta cada uma das etapas da vida. Sem qualquer dúvida.

Uma tempestade pode manter-se brisa durante um tempo, mas não uma vida.