Brisa

e desassossego, sempre...

Espaço

No azul infinito, as nuvens assumem as formas do imaginário olhar...

Estações

Ficaram restos do que foi beleza,

entre a visível resistência ao frio

e o despontar da próxima estação.

Ramos

Ramos que lembram abraços,

que parecem caminhos,

ou sugerem opções...

Um olhar sonhador.

Formas

Uma natureza viva e outra petrificada.

Será...

árvore frondosa, árvore-brócolo, o que se imagina,

ou apenas o que é, uma mancha no chão?

Voo

Um tempo quase suspenso.

Quintal

Na linha oblíqua do ocaso

cresce a sombra vagarosa

nos canteiros silenciosos do quintal.

Destaca-se o encanto das vestes:

beleza alva.

Contemplação.

O palco das mãos

A expressividade, a representação,

as emoções, a voz,

ou simplesmente o silêncio.

Dizem que falo com as mãos...

Diário

Linhas diversas com palavras preenchidas...

Imagens a acompanhar.

Um blogue.

Fé

Da fé roubada aos céus,

umas vezes cai por terra aos pedaços,

outras tantas voa com o vento,

raras vezes pousa suave...

Nessa altura o olhar ilumina-se,

colidindo com outro igual...

E a fé ganha novos contornos.

Inquietude

Olhares inquietos...

Interior

As inquietudes, os medos e os fantasmas que se abrigam do outro lado de uma cortina, podem ser tão corrosivos para quem os tem,

 quanto desconhecidos serão para quem está por perto ou apenas espreita...

Gráfico

Registo da oscilação dos dias.

Evoluções e humores...

Travessia

Para onde?

Céu

Um céu na dança dos desalinhados.

Chão-sombra

A sombra que se estende...

Interior

Os silêncios interiores da inspiração.

Cimos de...

...estrada.

Espera

Por conversas, animação, risos...

Lugares

A impermanência do mais comum dos lugares.

Conforto

O conforto da luz.

 

Rio

Respirar o tempo, respirar o sonho.

Dourado

Um reflexo, um simples reflexo.

E nele imaginar as conversas de árvores.

Paisagem

Aos meus olhos transforma-se,

com a luz ganha outros contornos,

sento-me

e com espanto perco-me na suave ondulação...

Vento, ramos, chilreios, murmúrios,

céu, nuvens, estrelas e tanto mais que surge

no imaginário de uma floresta encantada.

O lado livre

... da sombra.

... da luz que veste a sombra.

... do que se desconhece.

... do que se encerra.

Chuva

Chuva interior.

Chove-me...

Esperar?

Tanto há para descobrir e desenrolar.

Esperar?

Nem pensar!

Quatro

Da terra que pisa, onde as raízes adensam,

 ao ar que respira e purifica vazios...

Do fogo que alimenta pensamentos,

à água que não o apaga mantendo a efémera linha de vida.

Lugares bonitos de quatro elementos,

ou onde cada um vê a sua própria poesia.

Compor silêncios

Enredada nos pensamentos agitados

e tentada no manto dourado,

espreito a ondulação, tão suave...

Vagueio.

Todos os dias serão dias,

com letras compostas de emoção

e os silêncios a serem o que sou...

Desassossego.

Era uma vez...

O lugar-comum.

O primeiro dia.

O primeiro pôr-do-sol...