segunda-feira, 29 de junho de 2020

domingo, 28 de junho de 2020

Do observar...

Na rotação invisível mas perceptível da vida, muito se encontra na simples observação: um pensamento isolado; a solidão muda sentada em diálogo; a estrepitosa juventude... gente que deixa um olhar de sal... e também, um espírito de contradição...




sábado, 27 de junho de 2020

Criação...

A identidade da superfície, a linha das influências, a imagem dos reflexos e a densidade interior...




sexta-feira, 26 de junho de 2020

Ar...

O que diz o chão que piso?
O céu do mundo sussurra asas...
O mar dos deuses mergulha, respira.




terça-feira, 23 de junho de 2020

Cidades vazias com gente dentro...

De um convite feito pelo Pereira Lopes (INstantes - Festival Internacional de Fotografia de Avintes) para participar em algo diferente em tempo de confinamento e com a possibilidade de escrever algo alusivo ao momento, não hesitei em convidar o Paulo Kellerman (Fotografar Palavras) e partilhar com ele a página destinada ao texto.
Aqui está o resultado.

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De repente damos conta de um tempo que nos enlaçou em teias inimagináveis, sem questionar. Silenciosamente afastou-nos de abraços, de afectos e na distância calou as raízes que somos; de um sopro foi esvaziando espaços, dissipando murmúrios. O sorriso fica mascarado no vazio baço do olhar e sentimos o querer do que não temos. O tempo inventado prossegue sem hesitar e sem olhar ao que fica e a natureza renova-se. Na verdade, a vida nunca parou. 


Cristina Vicente é fotógrafa e vive em Estarreja. 


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- Para quê medir o tempo, se ele agora parece estático? Não sentes que vivemos presos num momento? Um momento que nunca acaba porque, afinal, nem sequer está a avançar. Um momento eterno. Como se o tempo estivesse parado, percebes? Como se já não existisse diferença entre presente e futuro. 

- Anda lá, que estamos atrasados. O tempo até pode parar; mas nós não. 


Paulo Kellerman é escritor. Coordena o projecto Fotografar Palavras.





segunda-feira, 22 de junho de 2020

Plumagem

perscrutador de sonhos
das nostalgias faz caminho
do regresso, inspiração
efémero contraluz
tela sonora de vida.




domingo, 21 de junho de 2020

Moldura...

Amanhecer de névoa e as descobertas, inimagináveis...
(ou talvez não)
De espanto em espanto, emoldurei-as.
Eram intocáveis.
Assim permanecem.
Sê-lo-ão para a eternidade...




quinta-feira, 18 de junho de 2020

Linhas...

- Repara nas velas que chegam do Sul… 
- Sim? 
- Vê como há pequenos nadas que gravitam na imensidão do olhar e do mar… 
- Como se formassem uma linha. 
- Isso mesmo. 
- Mas não te parece que podemos ficar prisioneiros desse traço longamente delineado? 
- Achas?
- E se não pensar nessa linha, se a ignorar? Se simplesmente seguir o turbilhão das vagas que tanto encrespam como afagam, sempre incertas e imprevisíveis? 
- Encontrar-te-ás nos lugares onde quiseres estar... 
- Talvez seja isso a liberdade: ser capaz de ignorar as linhas…




quarta-feira, 17 de junho de 2020

Do que passa...

... estendem-se na lonjura do percurso
sonoras no cascalho que fica
rumorejando ladainhas de alvos véus...
Passam.



terça-feira, 16 de junho de 2020

Refulgir...

- Espelho meu, espelho meu... que vês desse lado que não é o meu?
- Vejo a eternidade... passe o tempo que passar.

- Espelho meu, espelho meu... que ouves desse lado que não é o meu?
- Ouço na distância dos sonhos passos do aproximar.

- Espelho meu, espelho meu... que sentes desse lado que não é o meu?
- Sinto a suavidade do amanhecer!



segunda-feira, 15 de junho de 2020

Vozes caladas...

As cortinas do silêncio caíram...
Esvaziaram-se os palcos, emudeceram-se as emoções,
os risos escaparam para as casas distantes.

Há uma saudade de gente...

Um mundo que brilha à espera
as luzes aguardam pelas sombras
na tela anseia-se por dramas
comédias
Vida.
Saudades do teatro
da música
do cinema
da Arte.






Dos sons...

Cântico balbuciado
pétalas de pensamentos, retorcidas
Há um jardim algures
onde brilham sonoridades...



domingo, 14 de junho de 2020

sábado, 13 de junho de 2020

sexta-feira, 12 de junho de 2020

Da forma...

Não escrevo pensada expressividade poética, nem dialécticas executadas com preceitos literários...
Discorro emoções sem padrões e sigo a batuta impulsiva de uma alma apenas de si maestrina.
As palavras têm sempre o encanto e a sedução do arrepio, como se fosse a primeira paixão.




Lugares em curvas...

Levo o olhar e o pensamento a lugares que conheço...




quinta-feira, 11 de junho de 2020

Cores que palpitam...

Era um caderno antigo. Abri-o vagarosamente e a tinta que caía das palavras era morna e tinha cheiros quentes. Da imaginação, escapavam-se sons nunca antes ouvidos nessas longínquas planícies que ao anoitecer, libertavam os tons rubros da terra que palpitava a sua ancestralidade...




Do branco...

Folhear asas em páginas que eram brancas...



quarta-feira, 10 de junho de 2020

Do que brilha...

Há um lugar recôndito tão ténue entre a realidade e o sonho, entre os anelos e a imaginação... um lugar onde, de repente, o delírio flui e a perturbação cessa, as transparências manifestam-se e um brilho estelar exibe a sua dança em seixos cintilantes.




Ausências...

No mar encontro as minhas ausências...



terça-feira, 9 de junho de 2020

Horas...

Nas areias de uma tarde longínqua feita de tempo sem tempo, vagueia o olhar no horizonte que ondula. Procura respostas. Escuta o mar. Apenas murmúrios. Hoje, indecifráveis. Ondulam as vagas espraiando despojos. Ali. Sozinho. Flutuou sem destino. Abandonou-se. Ele, que já foi ramo frondoso e abraçou. Cortado. Partido. Perdido.
E do tempo feito mágoa e do fogo esmorecido, o encontrado refúgio de silêncios. Pudesse parar o tempo assim, nessa hora em que se vive e que dos sulcos trilhados, possa ainda surgir o tempo certo. Horas que chegam e que partem... porquê?






(texto de 14.09.2019)

segunda-feira, 8 de junho de 2020

Da arte...

E é isto, assim... não poderia ser dito de outra forma.

http://agavetadopaulo.blogspot.com/2020/06/pois-sou.html

Uma crónica de Paulo Kellerman (escritor) que vale cada uma das palavras pois condensa uma série de vozes e pensamentos que ouvi e tive ao longo da vida. E não serei a única a considerá-la e valorizá-la...


Bolha...

Bolha de vida em metamorfose...
reverbera no ar suspenso, sustido, intenso, contido...
e se rebenta?




sexta-feira, 5 de junho de 2020

Em cruz...

Até aqui chegada nesta encruzilhada, umas mais leves, outras mais vincadas...
E agora decidida, para onde seguem?



quarta-feira, 3 de junho de 2020

Madrugadas...

Na cor de um tempo que já não é meu, olhas-me na densidade perfumada do manto que cobre as madrugadas clareadas de contornos subtis e tonalidades douradas...





terça-feira, 2 de junho de 2020

segunda-feira, 1 de junho de 2020

Da imaginação...

Na imaginação reside algo único e incomparável: a oportunidade de encontrar imensas possibilidades.

Em dia de tempestade sei bem o que imaginei ver neste amontoado de nuvens.