terça-feira, 9 de junho de 2020

Horas...

Nas areias de uma tarde longínqua feita de tempo sem tempo, vagueia o olhar no horizonte que ondula. Procura respostas. Escuta o mar. Apenas murmúrios. Hoje, indecifráveis. Ondulam as vagas espraiando despojos. Ali. Sozinho. Flutuou sem destino. Abandonou-se. Ele, que já foi ramo frondoso e abraçou. Cortado. Partido. Perdido.
E do tempo feito mágoa e do fogo esmorecido, o encontrado refúgio de silêncios. Pudesse parar o tempo assim, nessa hora em que se vive e que dos sulcos trilhados, possa ainda surgir o tempo certo. Horas que chegam e que partem... porquê?






(texto de 14.09.2019)

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