quarta-feira, 13 de maio de 2020

Engavetadas


“Dores silenciosas d’alma… 

Tristeza e solidão. 

Engavetadas…” 

Palavras escritas em contagem decrescente com a prata riscada em traços curvados de letras, elas que ligadas entre si, transportam dilemas sofridos, desgastados, tolhem e silenciam emoções... 

Na cegueira sensorial, o suave som da tinta espalhada que retorce os sentidos, delineados.

E nas reticências, ponto a ponto suspende o tempo, por um tempo, esse de uma gaveta que abre e que se deixa cair, esquecido até não ser tempo.




(texto de 04.08.2019)

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