Deixo o Norte, não procuro o Sul... não há pontos cardeais para me orientar. Fecho os olhos e agora que estendo a mão, deixo que me guiem os sons, a melodia das palavras, os cheiros de memórias, soltas, procuradas. Seguirei o raio de luz que me trespassa e aquece, arrepiando a pele... sentirei a brisa que me fustiga, ou o vento agreste que me acaricia. Banhar-me-ei nas intempéries com o tempo que me resta... Solto-me, aos poucos, neste corpo que é meu, nesta liberdade que me abraça... numa solidão que não me desampara.
(texto de 10.04.2019)
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