Saiu naquela manhã sem rumo aparente,
seguindo durante algum tempo pela calçada. O sol incomodava-a, estava muito
forte. Refugiou-se nas sombras das árvores.
Ao longe contornos retorcidos, gárgulas
gritantes. Fechou os olhos, apenas o murmúrio das folhas era superior ao som do
seu pensamento. Há quanto tempo não pensava?
Quase adormecida, estremeceu... levantou-se.
Passada incerta, seguiu até lá, indiferente a quem
estava, avançou. Mãos atrás das costas, cabisbaixa, foi percorrendo o empedrado
na sensação esmagadora do espaço. Reforço da sua pequenez. Apenas a luz dos
vitrais atraiu o seu olhar. Arrasta os pés...
A fé dos homens, de ontem e de hoje, circula por ali.
Talvez.
A sua? Há muito que ficou perdida...