Por vezes sinto que apenas o meu corpo está vivo
e que ao desdobrá-lo, assim o encontro, livre.
Vivo, intenso, esfuziante, aveludado, compacto.
Duro. Intemporal. Pleno.
E o sangue fervilha delas.
Cravadas. Doridas. Infames. Tangidas.
Sentidas. Sorridas. Torneadas.
Alegres. Choradas. Onduladas.
Texturas e cheiros do tempo impregnados
Em sensuais movimentos folheados.
E nele mergulho os pensamentos
De vidas passadas, presentes ou desejadas.
O meu corpo está vivo colado ao que sou:
Um livro.
(texto de 20.01.2020)
Sem comentários:
Enviar um comentário