Sentada no muro, pernas balançantes, há uma imensidão aquosa de quietude nesse espelho que me devolve a imagem imediata de dois mundos:
O da simplicidade, ali, quase estática, quase infinita; intocável. O mundo que eternizo numa foto.
E depois o do outro lado, o meu, imenso, sim, mas agitado, turbulento, nunca em repouso, nem mesmo no sono. Mergulho nele e sinto-me bem. Gosto de quem lá encontro; mas ainda há portas que não abro. Parecem-me desconhecidas, quase assustadoras.
Vou andando por ali, à espreita, tentando descobrir como as posso escancarar, sem medo. Parecem portas de emoções, contidas, escondidas…
Beleza de texto, Cristina. E que foto!
ResponderEliminarObrigada, Helena! Abraço :)
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