quinta-feira, 16 de abril de 2020

Sentidos

Corro para uma solidão que me sufoca. Não a evito. Abraço-a. E dentro dela, rejeito-a. Inflamo os sentidos. Inquieto o olhar. Recorto imagens. Reconstruo existências imperfeitas. Teço caminhos solitariamente infindáveis e os fios de que são feitos, separadamente quebradiços, tendem a não consolidar e a ficarem perdidos nesse rasto de desordem. Avanço para uma solidão exígua, irrespirável...